EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

sábado, 17 de abril de 2010

O Camisa 10













Leitores,

Esta semana o camisa DEZ foi a discussão central de alguns programas de esporte. A mística camisa do rei Pelé, a sua importância e a sua função em campo. Essa é a polêmica dúvida que paira dentre comentarista esportivos, torcedores, técnicos e simpatizastes.

Pelo princípio histórico e numerológico, o número DEZ dentre as onze de uma esquadra é sem dúvida o mais bonito, inclusive auditivamente quando pronunciamos e quando se escreve.
Daí já se tem a importância da camisa que se deve dar ao cérebro do time, na cabeça das pessoas é claro. Todos querem ter no jogador que usa essa camisa o seu melhor affair, e obviamente na maioria dos clubes isso não é possível já que o destaque muitas vezes é o
centroavante número nove ou o lateral número dois ou ainda o cinco, o oito etc. Nem todos os clubes conseguem um craque como Pelé, zico, Dirceu Lopes, Ademir da Guia, etc.

Um craque é aquele que reune as melhores condições de jogo em um atleta. Habilidade, percepção, ante-visão da jogada, liderança, competitividade e outros atributos que o futebol exige para se destacar. Com tudo isso, sem dúvida, um jogador como esse atuaria na faixa central do campo e não usaria a camisa cinco ou oito já que as suas habilidades seriam mais ligadas ao ataque e assim fundamentalmente usaria a camisa DEZ . Essa seria a explicação técnica.

O que se busca em todos os clubes é esse habilidoso jogador que possa carregar, conduzir, dirigir e motivar dentro de campo o seu time decidindo jogos. A sua importância é fundamental e quem tem esse atleta e bons coadjuvantes está à frente. Daí a caça ao camisa DEZ.

Nem sempre o autêntico camisa dez, que joga do meio para frente, usa esse número às cotas. A associação de um dez ao talento, futebol de craque e "dono do time " é tão forte que me lembrei de poucas exceções. O genial Cruyff que usava a camisa quatorze por exemplo.

O atual e espetacular Lionel Messi jogava com a dezenove quando Ronaldinho Gaúcho ainda atuava no Barça, no entanto, hoje, após a sua saída, a camisa foi transferida para o habilidoso e sensacional garoto argentino. Deu-se a DEZ ao jogador que faz jus aos atributos do DEZ

Assim a história convencionou que o habilidoso cérebro, artilheiro ou não, como Baggio, Zidanne, Rivelino, Maradona e tantos outros, usassem a número DEZ.

Quem tem um Messi como o Barça ou o Santos com Paulo Henrique Ganso, estão felizes.Quem tem ótimos jogadores como o Fluminense com Conca, São Paulo com Hernandes, que é um dez disfarçado, não estão procurando jogadores nesta posição. Agora, a grande maioria não tem e está a procura. O mercado carece e dos camisas DEZ .



quinta-feira, 1 de abril de 2010

Adilson acerta na formação defensiva com Fabinho entre os zagueiros mantém o estilo ofensivo e quase goleia o Velez.






3 x 0







Ontem, 31.03.2010, na vitória do Cruzeiro sobre o Velez, O time azul achou a melhor escalação defensiva para o futebol ofensivo que pratica. Ao escalar FABINHO como praticamente um zagueiro fincado na meia lua e entre os outros dois zagueiros, com uma obediência tática admirável, resolveu o problema sério de cobertura onde a zaga pode sair com mais rapidez nas laterais, até então a porta de entrada de oitenta por cento dos gols sofridos pela raposa ( O CARLES PUYOL faz essa mesma função no Barcelona), cujo estilo de jogo é semelhante ao do Cruzeiro.O time ainda mantém a mesma configuração ofensiva.

Como o Fabinho tem muito mais aptidão para funcionar como um terceiro zagueiro, pois é alto, salta bem é bom marcador e ao mesmo tempo um cabeça de área que sai com um bom passe, acho que o Adilson Batista resolveu o problema de cobertura dos laterais. A única ressalva foi o Velez não ter explorado muito as costas dos laterais para atacar e afunilou muito o jogo com receio de descompactar o time. Aí ficou mais fácil e quase virou goleada.


Esperamos que o Técnico cruzeirense mantenha essa formação e não escale o seu pupilo, cujas características defensivas são bem inferiores as do Fabinho. Fabrício, que joga bem como um segundo volante, deve aguardar uma outra vaga no banco de reservas e será uma excelente opção para os próximos jogos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

O técnico é o motorista e o mecânico, os jogadores são as rodas e o motor.




Mais uma máxima está caindo por terra. É aquela em que o técnico não tem muita influência no resultado e lá dentro das quatro linhas os jogadores resolvem. Sempre achei que o técnico é fundamental. Alguns comentaristas e ídolos nacionais discordam.

Veja o Dorival como ajeita todos os times em que passa, Cruzeiro, Coritiba e Vasco. Veja o Ricardo Gomes como desajeita todos os times que dirige (o São Paulo nunca vai ganhar nada com ele e a sua queda é uma questão de tempo e de conservadorismo do time paulista), mesmo com esse elenco de ponta.

O Jorge Fossati que ainda não entendeu o tipo de jogo e as particularidades dos times brasileiros mesmo com o forte elenco do Inter está completamente perdido. Caso compreenda o futebol brasileiro antes de cair poderá ir adiante. Já imaginou um elenco desses nas mãos de Luxemburgo ou Adilson Batista?

Veja como o Andrade consegue blindar, motivar e unir o elenco rubro-negro diante de tantas trapalhadas, intrigas e valorização negativa da imprensa sobre os atos de seus atletas, ele nasceu na Gávea entende de futebol e tem sensibilidade. A consistência do Cruzeiro com a lucidez e seriedade do Adilson Batista é explícita.

Digo isso não levando em consideração apenas uma ou algumas partidas. É claro que lá dentro do campo os jogadores fazem jogadas que, pelas competências individuais, resolvem e constroem os resultados dos jogos. Estou tentando me aprofundar mais e fundamentar que a escolha dos jogadores certos para posições e esquemas bem definidos, bem como as estratégias de ataque e defesa construídos pelos técnicos fazem com que os jogadores decidam jogos, surpreendam adversários e atuem com sincronia e consistência.

Enfim, os jogadores são as rodas e o motor, o técnico vai sempre ser o motorista e o mecânico.

Consegue-se um futebol competitivo com um bom técnico e um elenco mediano (veja o Santo André, Botafogo e tantos outros), mas não se consegue o mesmo com um grande elenco e um técnico fraco.

domingo, 19 de julho de 2009






Caro Leitor,

Com todos os méritos ao treinador e a equipe pelo belo campeonato que fez pela Libertadores, mas logo no último jogo! No último!

A equipe não jogou mal. O jogo era difícil e truncado mesmo.Faltou experiência e malícia. Em uma final atípica é fundamental e decide.

Por jogar em casa o Cruzeiro arriscava muito, o que até aí era normal. Atuavam como se tivessem jogando contra um adversário em casa pelo Brasileiro, avançando os dois laterais e os meias juntos. Contou com muita sorte ao fazer o gol através do Henrique. As duas linhas de quatro do Estudiantes eram bem compactas.

Com 1x0, aos seis minutos do segundo tempo, o time deveria ter o comportamento do Estudiantes e formado duas linhas de quatro bem compactas, com avanço dos laterais só até o meio campo,reter os meias para congestionar o meio campo, usar contra-ataques rápidos e... "Bola pro mato". Os trinta e nove minutos restantes em uma final nervosa podem se transformar em 25 minutos se bem administrados. Alterações e simulações de contusões e leves confusões, principalmente do goleiro, faria o tempo restante reduzir bastante.

Ao contrário, o Cruzeiro continuou no mesmo esquema, subindo os laterais e meias, atacando como se precisasse fazer dois gols.

Após o gol o inteligente time argentino mudou instantaneamente a postura abrindo dois jogadores pelas pontas, atrás dos laterais, e matou jogo. Aproveitou da sabida e crônica deficiência do Cruzeiro em todos os jogos. 80% dos gols que o time azul toma são com jogadas rápidas nascendo nas costas dos laterais.Outra coisa que não entendi foi o nervosismo do time. O Estudiantes foi inervando o Cruzeiro aos poucos, parece que fazia parte da tática. Jogadores pisavam sem bola e sem o juiz ver. O ótimo apoiador Verón bateu no Ramires o jogo todo sem o Juiz perceber. O meia ficou totalmente descontrolado. O Time estrelado tomou o empate e não enxergou os atancantes inimigos abrindo espaços nas costas dos laterais. Tomou outro gol em um escanteio nascido a partir de lançamento desta natureza.

Após os dois gols dos argentinos aos 27 minutos, o comportamento deles deveria ter sido adotado pelo Cruzeiro quando vencia, duas linhas de quatro, compactas, e bola “pro mato”. O técnico é bom mais é iniciante em finais, e aí fica a lição.

Faltou tática atípica de final, principiante em competições internacionais ao Adilson Batista.

A sua permanência, mesmo apesar da diretoria do Cruzeiro confirmar, dependerá de como o time vai reagir doravante. O técnico passará força psicológica e reação ao elenco? Só o tempo dirá.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O último embate foi morno e o Atlético precisa de outro modelo.







Caro Leitor,





Como comentamos anteriormente, o segundo embate foi morno e a missão do time atleticano era sair honrosamente, e o time cruzeirense, terminar a competição invicto. O resultado atendeu as duas equipes.

Tiramos de positivo tanto no campeonato mineiro como nas finais o seguinte:

No Galo Mineiro:

O Presidente Kalil percebeu que o Leão dirige a sua equipe impondo a sua disciplina pela arrogância, gritos e mão de ferro. Os jogadores acabam se sentindo como objetos, humilhados e normalmente não rendem o que podem render. O Leão pode estar começando um declínio em sua carreira se não mudar a postura. Nessa época era aceitável quando os jogadores faziam parte do patrimônio do clube. Hoje são quase todos alugados e não aceitam mais.

Torcedores, Diretoria e comissão técnica, perceberam que o bom desempenho contra Ituiutaba, Guarani e Vila Nova são bem diferente do confrontos com o Cruzeiro, Flamengo, Vitória e Palmeiras, que vai enfrentar doravante nas duas competições nacionais.

Perceberam que as contratações indicadas pelo Leão, como Lopes, Trípodi, Renan e outros, são piores do que jogadores já existentes na base do Galo, como Pedro Paulo, Renan Oliveira etc.

Perceberam também, que contratar quatro bons jogadores do nível de um Diego Tardelli é melhor do que manter dez de níveis intermediários gastando o mesmo valor.

É levantar a poeira, contratar jogadores em posições de muita carência, como na zaga e armação e fazer um bom brasileiro, ciente que, a manutenção no grupo intermediário já será de bom tamanho.

Fica evidente que o Atlético tem só uma saída para fazer seus torcedores felizes no curto prazo. Associar-se a um parceiro do tipo Trafic, ou outro que queira injetar alguns milhões de reais e usufruir da grande popularidade que o time de Vespasiano leva às ruas, estádios e cidades pelo Brasil. Do contrário é ficar ano após ano contemporizando resultados ruins e trocando técnicos. A situação financeira alvinegro requer uma mudança no modelo.


No Cruzeiro:

Contatou-se que o time está mais maduro e mais competitivo do que no ano passado.

Que o Técnico Adilson continua ranzinza, como por exemplo, desprezando o bom zagueiro Anderson, que deve ir embora sem jogar muito (o contrato termina no meio do ano). É uma pena, ele tem experiência e é melhor do que o Fortunato.

Também não se livrou do vício de jogar na retranca fora de casa com um timaço em campo. Continua medroso na casa do adversário e vai continuar perdendo fora. A goleada para o Estudiantes foi um exemplo.

Tem dois times com vinte e quatro dos trinta jogadores que se equivalem. Podem ser titulares em qualquer time brasileiro. Assim deverá ir bem nas duas competições.

A manutenção da base esse ano foi fundamental. A continuidade do técnico também, com algumas ressalvas.

Novamente deve ficar entre os quatro no Brasileiro e fazer um bom papel na Libertadores. Acredito que poderá chegar à final. Poderá, eu disse.

No mais é torcer muito para os nossos representantes.

sábado, 2 de maio de 2009

A parte técnica impede o Galo mineiro de quebar a sequencia de vitórias de seu algoz.





Leitor,

O primeiro jogo da decisão:

O primeiro embate mineiro na decisão surpreendeu a todos. Apesar da superioridade técnica do time azul, todos os analistas e torcedores sabiam que o super clássico seria completamente imprevisível e esperadamente bem disputado com um jogo tático acirrado em todos os quadrantes do campo.

Analisando as estratégias, o Atlético iniciou o jogo com quatro defensores, três cabeças de área, dois meias e apenas um atacante. O treinador renunciou o ataque ao isolar a sua esperança de gol, o habilidoso Diego Tardelli. Como o apoiador Lopes não consegue entrar em forma, o ataque ficou ainda mais debilitado e o time azul partiu sobre o rival com toda a sua força. A pressão era normal, pois sem resposta no ataque alvinegro, o jogo ficou com maior volume do lado cruzeirense.
Mesmo assim, o bom Diego Tardelli ainda levou perigo em dois lances.

No final da primeira etapa, recebendo pressão dos dois atacantes (Kéber e Tiago Ribeiro), dos meias (Wagner e Marquinhos Paraná alternando com Fabrício) e ainda dos dois laterais atacantes (Jonathan e Magrão), o primeiro gol foi inevitável, considerando a péssima atuação do três volantes que não conseguiam fazer cobertura dos laterais com eficiência. Inteligentemente, o técnico Adilson Batista colocou o arisco e velocista atacante Tiago Ribeiro nas costa do lateral esquerdo Junior. A falta de cobertura ali foi fundamental na criação das melhores jogadas do time estrelado.

Na segunda etapa, ao buscar o empate, o técnico Leão fragilizou mais ainda o meio campo com a entrada do atacante/garoto Kleber substituindo um meia. O Cruzeiro, ao contrário do que se esperava, voltou marcando sobre pressão a saida de bola do Galo.

Como os meias do Cruzeiro são habilidosos, tanto na marcação, como no apoio, o técnico cruzeirense adotou e adota sempre um estilo de jogo usando muito esses meias. O Time acaba tendo quatro atacantes quando utiliza os laterais e as bolas são cruzadas de uma lateral a outra, desmobilizando a defesa adversária. Os meias aparecem de surpresa fazendo o " dois contra um " nas laterais.

Existe uma sincronia. Dos quatro meias (Wagner, Fabrício, Paraná e Ramires), enquanto dois atacam juntamente com os dois atacantes e os dois laterais, os outros dois ficam para cobrir os laterais/alas. O Cruzeiro usa até seis jogadores no ataque.

Os times que conseguem superar o Cruzeiro, jogam com atacantes velozes nas costas dos laterais. Comprovadamente a cobertura dos meias aos alas é muito lenta e normalmente chegam sempre atrasados. Assim os adversários tem obtido sucesso com esta estratégia. No caso do Atlético, com pouca opção na frente, o uso deste modelo não era possível. A ausência do Éder Luiz foi decisiva no resultado.

A receita Atleticana seria continuar fechado na segunda etapa aguardando um cochilo cruzeirense para empatar. A estratégia do Leão, ao abrir o meio campo, foi fatal para o elástico placar do primeiro embate.

No segundo jogo da final as equipes vão priorizar outras competições, jogadores devem ser poupados e vai ficar apenas a disputa da honra entre os rivais para não perder.

domingo, 19 de abril de 2009

Agora começou as decisões nos estaduais

Caro Leitor,

Em Minas,

O Atlético tem hoje um bom padrão de jogo, um conjunto que está atuando sempre sem muitas alterações.Isso compensa a falta de qualidade técnica em pelo menos quatro posições: no gol, um zagueiro, na lateral direito e na armação. O conjunto aliado à disciplina tática exigida pelo treinador, deixa o time em condições de brigar pelo estadual mineiro.

No time da toca da raposa, o inverso tem acontecido. Sobra qualidade técnica nas várias opções do treinador. Com um elenco farto de titulares e reservas que se equivalem, o mesmo não acontece com o conjunto. O treinador altera o time a todo o momento com o rodízio dos atletas e perde muito em conjunto, além das invenções do Adilson, como na última goleada sofrida contra o Estudiantes de La Plata. O jogador Jonathan foi deslocado para esquerda (posição que há muito tempo não atuava), com cinco meias e um atacante, renunciou totalmente o ataque. Só poderia dar no que deu.

O páreo é duro, mas o Cruzeiro leva vantagem pela qualidade técnica e reposição. Caso o Galo mineiro perca, por exemplo, o seu zagueiro titular Leandro Almeida, ou o goleador Tardelli ou ainda um outro bom titular, o time fica totalmente deficiente ante as opções do técnico. Para o Galo superar tudo isso, o coração vai ter que estar na ponta da chuteira. Isso é plenamente possível.

Em São Paulo,

O emergente Wagner Mancini supera o experiente Luxemburgo e vai a final do paulista contrariando as previsões dos principais comentaristas e analistas esportivos de São Paulo. Afastou a péssima contratação do Santos, o lento apoiador Lúcio Flávio, montou um ataque leve com o rápido Madson, titularizou o garoto Neimar e conjuntamente com o experiente e matador Kleber Pereira, montou o ataque mais perigoso do Paulista. Com uma boa dupla de área defensiva formada por Fabão/Fabiano Eller, e jogando ofensivamente dentro e fora de casa, o time venceu e sobrou na semifinal.

O Palmeiras já há tempos demonstra muita instabilidade, com péssimos resultados dentro de casa inclusive. O Luxa não tem mais demonstrado a visão de lince nas contratações de bons nomes. Nos anos anteriores o treinador descobria promessas que faziam sucesso mesclando-os com grandes nomes experientes e montava times excepcionais. Hoje não consegue mais o mesmo sucesso. O seu time é mediano no meio e na defesa, e time mediano não ganha campeonato.

No São Paulo e Corinthians, o tricolor, como sempre diz o seu treinador, “É difícil fazer gol no nosso time”, o comportamento deve ser sempre de não tomar para depois fazer. É um time pragmático, paciente e vai esperar até o último momento para intensificar a ofensividade casa não marque antes.

No Alvinegro, time do meu diretor Luiz, o esquema é o mesmo, muita marcação e saídas rápidas com Jorge Henrique e Dentinho pelas pontas e o Ronaldo pelo meio. O ataque do timão é bem parecido com o do Santos, dois leves jogadores pelos lados e um experiente matador pelo meio. A defesa e o meio são compactos eliminando espaços o que faz o time sofrer poucos gols. O ataque do São Paulo já é muito concentrado pelo meio com Washington, Borges, Hernanes chegando e as bolas são cruzadas pelos alas. O Muricy adora atacar com cruzamentos. A qualidade técnica e o conjunto do São Paulo é melhor, mas a ousadia e a garra dos corintianos parecem-me maior, o que torno o clássico sem favoritos.

No Rio,

O Botafogo, depois do vexame na Copa do Brasil, acho que dificilmente perde o título, Principalmente pelas condições atuais do adversário. Tem um melhor conjunto e a maneira dos times do Ney Franco jogar é sempre a mesma contra qualquer time. Os times do Ney tem essa espécie de branco total em alguns jogos decisivos. Foi assim quando dirigia o Atlético do Paraná contra o fraco Corinthians de Alagoas com a eliminação no ano passado pelo resultado de 1 x 1 em casa, e agora com o Botafogo eliminado pelo Americano de Campos, hoje na série C. Tem três jogos para confirmar o título e as chances são boas.

O Flamengo hoje, é um clube desorganizado, com problemas financeiros para com o elenco, não tem um bom ataque e a defesa é bastante irregular. O Zagueiro Fábio Luciano já não é o mesmo jogador dos anos anteriores (vai parar de jogar esse ano), e seus companheiros de zaga não são bons tecnicamente como o Ronaldo Angelim que volta recentemente de contusão. O ataque sempre vem sofrendo alterações e as três opções dentre Josiel, Emerson e Obina não estão convencendo. O forte do time ainda é o ataque pelas laterais, principalmente a esquerda com Juan e a Torcida incomparável que motoriza o time para superar adversidades.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Afinal, em qual posição joga o Ramires do Cruzeiro




Caro Leitor,
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Bem, a imprensa de maneira geral acha o jogador cruzeirense um cabeça de área ou volante que sabe recuar, marcar e com habilidade para apoiar, penetrar e fazer gols.
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Alguns analistas mais estudiosos acham o Ramires um meia ofensivo. Outros acham um volante que sabe fazer as funções defensivas e ofensivas. Um autentico camisa oito que marca como segundo homem e ataca como um quarto homem. Usam sempre o termo, elemento surpresa.
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Comecei a prestar mais atenção no comportamento do Ramires em campo, tanto quando o time perdia a bola e se recompunha para ser atacado como atacando o adversário com bolas trabalhadas em contra-ataques rápidos, que é a especialidade do Cruzeiro.
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A minha conclusão é diferente de todas as análises. O Ramires é um atacante. Um terceiro atacante. Na verdade, o Cruzeiro formaliza uma escalação de dois atacantes com um armador chegando (o Cruzeiro tem quatro jogadores que atuam nesta posição. O Wagner ou o Fernandinho, ou ainda o Magrão / Bernardo). Inteligentemente o Adilson usa dois volantes fixos e bem defensivos nas opções que tem com o Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Eli Carlos. Os dois escolhidos pelo técnico, cada um deles cobre uma lateral e o meio da zaga.
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Quando o time sai para o ataque partindo da defesa, a bola passa de pé em pé e geralmente encontra o armador para armar as jogadas ou os laterais trocando passes com os volantes defensivos até seguir para o ataque e encontrar uma boa jogada. É nesta hora e neste momento que o Ramires já está à frente do armador ou trocando passes com ele para receber a bola em penetração. O Ramires já está bem à frente para uma penetração surpresa, já que a defesa adversária não espera a penetração do falso meia.
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Quando o Time perde a bola no ataque, o Ramires geralmente está lá, dentro da área adversária, muito além da linha da bola e não consegue voltar. Espera alguém roubar a pelota e é assim que novamente penetra com rapidez para fazer gols.
Quando o time adversário sai com tiro de meta, ele recua como os atacantes e cerca no meio campo. Raramente faz uma cobertura de laterais.
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Como disse o analista Tostão em uma de suas análises sobre a deficiência de marcação do Cruzeiro na defesa. " A falta de cobertura nas laterais com os zagueiros chegando atrasados é a principal falha coletiva do time".
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Na marcação e recomposição, existe um espaço entre os volantes e os atacantes. o armador, no caso oWagner, os dois atacantes e o Ramires, não recuam ao nível dos volantes. Se esse volantes cobrem os laterais, os adversários que atuam pelo meio ficam desmarcados e assim muitas vezes eles ficam para proteger esta área e forçam os zagueiros a correr para cobertura. Os laterais e o volante Fabrício também sobem muito e assim a defesa fica ainda mais desguarnecida.
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Concluindo, o Ramires, pelo seu posicionamento e ofensividade, é um verdadeiro atacante disfarçado de meia.

sábado, 28 de março de 2009

Curtas sobre os mineiros





































Caro Leitor,
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O clube da toca da raposa manteve seu elenco base do ano passado e contratou reforços onde precisava. Na defesa e no ataque. Os torcedores do time estrelado acham que o time, apesar de vencer, continua jogando mal em algumas partidas e critica muito o técnico Adilson Batista. As virtudes e os defeitos do técnico são as mesmas do ano passado. Por um lado, é muito organizado, com bom esquema, exige obediência e muita disciplina. Do outro lado, ao fazer um gol, já coloca em campo um batalhão de meias defensivo e acaba sofrendo o empate e, ou a virada em muitos jogos. Mas está acima da média dos treinadores em atividade no mercado e o time azul não conseguiria encontrar um outro pelo preço e resultados que o Adilson proporciona.
Deve ficar entre os quatro primeiros no próximo Brasileiro e fazer um bom papel na Liberadores concorrendo com São Paulo, talvez com o Palmeiras e o sempre competitivo Boca Juniores.
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O torcedor tem que olhar as dificuldade dos outros times com elencos semelhante ao do Cruzeiro. São as mesmas. O São Paulo também está vencendo sempre pelo placar mínimo e não jogou bem algumas partidas na Libertadores. O Palmeiras, Internacional e Grêmio também e o Flamengo nem se fala. É bom ter ciência que, do outro lado tem sempre um adversário que se prepara e os técnicos concorrentes são cada vez mais estudiosos e montam esquemas de bloqueio que muitas vezes são eficazes.
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O Galo mineiro começa bem melhor esse ano. O seu presidente é mais do ramo do que o anterior. Sabe que um bom time começa sempre com um bom treinador. É o técnico quem indica as contratações com valores do tamanho do bolso do clube. Arma, treina e disciplina o conjunto. O Leão caiu como uma luva no Atlético. Sabe tirar de jogadores jovens bons resultado, tem conhecimento e amizade por ter trabalhado com muitos atletas sabendo indicar aqueles, cujo custo e benefício fica melhor para o clube (a contratação do Diego Tardelli tem o dedo do novo treinador). Os times do Leão, quando não existem nenhuma resistência dos jogadores pela sua linha dura, sempre são bastante competitivos. Deve fazer um papel bem melhor esse ano frente ao ano passado. Tem ainda o benefício do Cruzeiro estar disputando dois campeonatos simultaneamente com a prioridade para Libertadores e poderá vencer o Mineiro deste ano. Devemos apenas considerar que o Cruzeiro tem elenco suficiente para as duas disputas o que deverá colocar o título mineiro em aberto até a última rodada. Acredito.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Curtas sobre os cariocas




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Caro Leitor,

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O Botafogo do empenhado Ney Franco foi um dos primeiros clubes a recrutar o seu elenco base e teve tempo para afinar o conjunto. Disputa o Carioca com esta vantagem para superar as deficiências técnicas pela impossibilidade de grandes investimentos e tentará superar os favoritos, Flamengo e Fluminense.
A estratégia poderá dar certo neste estadual considerando o ótimo trabalho do emergente treinador. Ele está entre os quatro ou cinco jovens e promissores técnicos. Tudo leva a crer que, no Brasileiro, o time de General Severiano terá um bom desempenho com a filosofia do Ney, desde o início. A aspiração à
Libertadores depende muito de um conjunto de fatores, além de um bom treinador, é necessário ter um elenco de ponta com reposição, e ainda, uma boa estrutura. O Fogão não tem.
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O Flamengo do “eterno” azarado Cuca, ao contrário do que falam, não acho que tem um ótimo elenco. Pode ser um ótimo elenco para o Carioca tão somente. O clube não tem um goleador com atestado. Tem apenas jogadores que fazem gols como os outros do próprio clube. Obina e Josiel são fracos para a camisa nove rubro negro. O banco de reserva também é fraco e as contusões são reais e freqüentes. O Flamengo não tem boas peças de reposição para a defesa e para o ataque. Todo mundo elogiava sempre o modo e a filosofia de jogo do Cuca no Botafogo. Hoje muita gente também elogia o trabalho do treinador mesmo com a desclassificação frente ao Resende. Não seria melhor o técnico repensar o seu estilo. Talvez esteja implantando um sistema de jogo cujos jogadores não estão à altura. Jogar no ataque sem grandes atacantes é um problema. Apesar de tudo o time é candidato a campeão carioca juntamente com o Fluminense e Botafogo. Esse último se vencer, agradeça ao técnico.
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O Fluminense tem um bom elenco, um bom técnico e é sem dúvida é forte candidato ao título estadual. A fase renatística já é passado e o clube recuperou toda a sua alto estima com o “psicológico” treinador René Simões. Tem deficiências apenas nas laterais, o goleiro e a zaga é apenas regular, um ótimo meio campo e um bom ataque de homens gol com Roger e Leandro Amaral. Tem boas peças de reposição apenas para o meio campo.
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O Vasco, sem dúvida tem o pior elenco dentre os grandes e um técnico muito sincero empenhado e esforçado. A começar pelo elenco, definitivamente o clubes da cruz de malta disputa o certame estadual com um time de série B e que terá dificuldades nos jogos fora de casa no Brasileiro. O Vasco deveria melhorar o nível técnico da equipe. O bom desempenho no Carioca deve-se exclusivamente ao trabalho do técnico Dorival Junior e aos fracos times cariocas, excetuando os grandes. O Time apresenta-se com um futebol entrosado e objetivo. Na série B é outra história. Os jogos fora de casa são terríveis. Para levar a competição nacional sem tanto sofrimento, o clube deveria contratar mais e melhor. No carioca não deve ser campeão e possivelmente terá um bom desempenho, pois enfrentará os Madureiras e Cabofrienses dentre outros.
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O Resende é aquela pimenta que faltava ao campeonato e entra sempre nos tropeços dos grandes para mostrar aos dirigentes que os seus erros, nem sempre passam em vão. Para um clube grande ficar fora das finais, mesmo que seja apenas de um turno, é sempre uma grande punição.